A Meta vai repassar impostos aos anunciantes a partir de janeiro; especialistas alertam para a necessidade de replanejar o orçamento de marketing digital
A partir de 1º de janeiro de 2026, anunciar no Instagram e no Facebook ficará mais caro. A Meta informou que passará a repassar aos anunciantes os impostos federais (PIS e Cofins) e municipais (ISS) que até agora eram absorvidos pela própria empresa. O reajuste deve elevar o custo das campanhas em até 12,15%, o que deve pressionar o orçamento de marketing digital de pequenas, médias e grandes empresas.
Na prática, o que antes estava embutido no preço dos anúncios passará a ser cobrado separadamente. Com isso, o investimento real destinado às campanhas será menor, e o valor total da fatura, maior. A mudança valerá tanto para contas pós-pagas quanto para aquelas que operam por meio de pagamento antecipado, via Pix ou boleto.
Segundo simulações feitas por gestores de tráfego, um investimento de 100 reais em anúncios pré-pagos deve resultar em apenas 87 reais efetivamente aplicados nas campanhas, já que o restante será destinado ao pagamento de impostos. No caso dos planos pós-pagos, a fatura final de 100 reais deve passar para cerca de 114 reais.
Ajuste ao novo cenário tributário
De acordo com a Meta, a medida é uma adaptação às novas regras da Reforma Tributária e não representa um aumento de margem ou reajuste comercial, mas sim o repasse de encargos que a empresa deixará de absorver.
Para Luis Parrela, especialista em marketing digital, o impacto pode ser maior do que parece à primeira vista. “Parece pouco, mas 12% de aumento em mídia paga pode representar dezenas de milhares de reais a mais por ano para empresas que investem com regularidade. Isso muda o planejamento de quem trabalha com volume alto de tráfego”, explica.
Estratégia e eficiência serão palavras de ordem
Parrela acredita que o aumento deve incentivar as marcas a repensarem suas estratégias.“Muitas empresas ainda enxergam o tráfego pago como gasto, e não como investimento estratégico. Em 2026, será fundamental revisar o plano anual de mídia, ajustar metas de conversão e buscar mais eficiência na segmentação e nos criativos”, diz o especialista.
Como se preparar para o novo cenário
Para evitar desperdícios e manter a performance das campanhas, Parrela destaca três medidas práticas que as empresas podem adotar desde já:
Revisar o orçamento de mídia – Replanejar o investimento anual levando em conta o aumento de custo e o impacto nos resultados.
Otimizar segmentações e criativos – Testar formatos e públicos para reduzir o custo por clique e aumentar a taxa de conversão.
Diversificar canais e fortalecer o orgânico – Explorar estratégias complementares, como SEO, e-mail marketing e produção de conteúdo, para depender menos de mídia paga.
“O aumento é inevitável, mas o desperdício não precisa ser. As marcas que entenderem seus dados e ajustarem suas estratégias vão continuar crescendo, mesmo com custos mais altos”, conclui Parrela.
Sobre a Dbout Mídia
Fundada em 2021 por Luis Parrela, a Dbout Mídia é uma agência de marketing digital especializada em clínicas odontológicas e referência nacional no setor. Com sede em Minas Gerais e uma atuação que já impactou mais de 1.000 clínicas em todo o Brasil, a empresa combina tecnologia, dados e estratégia para gerar resultados consistentes e sustentáveis. A Dbout é responsável pelo desenvolvimento da assistente virtual “Júlia”, baseada em inteligência artificial, que realiza atendimentos automatizados com alta taxa de conversão e já se tornou um símbolo de humanização no atendimento digital. A tecnologia permite que clínicas ofereçam suporte 24/7, otimizem a captação de pacientes e qualifiquem leads em tempo real — com impacto direto no faturamento. Com mais de R$20 milhões investidos em tráfego pago, a Dbout Mídia já gerou mais de 2 milhões de pacientes para as clínicas parceiras e movimentou cerca de R$50 milhões em faturamento para esses negócios. Atualmente, atende 220 unidades em todo o país e projeta alcançar 350 até o final de 2025.
Anunciar no Instagram e Facebook vai ficar mais caro em 2026
PorPaulo Melo
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